domingo, 7 de abril de 2019

O mar


por Painthar


(o texto não representa
necessariamente
a opinião do coletivo)

Muitos se sentem bem perto do mar, outros tem medo, outros respeito, mas fato é que o mar que nos separa, nos une.

Os povos antigos iniciaram as navegações e há indícios tanto escritos como em figuras rupestres.

Muitos povos ficaram conhecidos por seus navegadores.

Várias culturas e mitologias relatam o surgimento da humanidade vinda da água e povos da terra que foram para o mar em épocas de inundação.

Vejamos algumas divindades e entidades cultuadas.

Poseidon


É o nome dado ao deus dos mares e oceanos, segundo a mitologia grega; conhecido também como Netuno​, na mitologia romana; sendo um dos Deuses mais importantes e poderosos.

É filho de Cronos (deus do tempo) e Réia (deusa da fertilidade). Ou seja, Poseidon é irmão de Zeus (deus dos deuses) e de Hades (deus do mundo inferior, dos mortos). Casado com a ninfa do mar (nereida) Anfitrite​, porém, assim como seu irmão Zeus, Poseidon também tinha inúmeras amantes. No total, o deus dos mares teve vários filhos, entre eles o gigante Órion, o ciclope Polifemo e o cavalo alado Pégaso.

A imagem de Poseidon era descrita como a de um homem musculoso, com a barba comprida, e sempre segurando um tridente e acompanhado de um golfinho ou um cavalo marinho gigante.

É adorado principalmente pelos pescadores e viajantes, que pedem proteção no mar. Os navegantes suplicam por águas calmas e sem tempestades. No entanto, Poseidon é conhecido por sua inconstância e instabilidade. Quando o deus dos mares está irritado, desconta sua ira criando enormes tempestades marítimas, terremotos, tsunamis e outras catástrofes.

Iemanjá


É um orixá feminino (divindade africana) das religiões Candomblé e Umbanda. O seu nome tem origem nos termos do idioma Yorubá “Yèyé omo ejá”, que significam “Mãe cujos filhos são como peixes”.

No Brasil, a deusa Iemanjá recebe diferentes nomes, dentre eles Rainha do Mar.

No dia 2 de fevereiro acontece em Salvador, capital do Estado da Bahia, a maior festa popular dedicada a Iemanjá.

As celebrações em homenagem a Iemanjá também acontecem em 15 de agosto, 8 de dezembro e 31 de dezembro.

No sincretismo religioso, Iemanjá corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.

Varuna


Deus hindu da chuva. É responsável por todos os aspectos da água, principalmente os oceanos.

Filho do sábio Kashyapa e é uma das mais antigas divindades védicas.

Também é considerado senhor da morte.

É descrito como dirigindo uma carruagem puxada por sete gansos ou crocodilos, segura uma lótus, o nariz, uma concha e um pote com gemas preciosas, tendo um guarda chuva sobre sua cabeça.

Ondinas


(Ou ondim) são espíritos da natureza que vivem em rios, lagos e mares. São elementais da água. É uma espécie de sereia ou tágide, gênios da água.

As ondinas aparecem em obras como "A Ondina do Lago", de Teófilo Braga ou nas poesias de Luis de Camões.

As Ondinas também representam no ocultismo o elemento água, um dos cinco elementos do pentagrama.

Tritão


Na mitologia grega, é um deus marinho, filho de Posídon e Anfitrite. É geralmente representado com cabeça e tronco humano e cauda de peixe e é a representação masculina de uma sereia. Ele é conhecido como o rei dos mares. É um fiel servidor de seus pais, atuando como seu mensageiro e acalmando as águas do mar para que a carruagem de Posídon deslize com segurança. Para tal ele se utiliza de búzios como instrumento musical, produzindo assim uma música apaziguadora.

Sereias


(Ou Sirena) são figuras da mitologia, presentes em lendas que serviram para personificar aspectos do mar ou os perigos que ele representa. Quase todos os povos que dependiam do mar para se alimentar ou sobreviver, tinham alguma representação feminina que enfeitiça os homens até se afogarem.

Gucumatz


Na mitologia maia, Gucumatz é o deus supremo. Achou vida por meio da água e ensinou aos homens a produzir fogo. É conhecido também por: Gucamatz, Cuculcán ou Kukulkán.

Opochtli


Deus asteca que fazia parte do grupo de companheiros de Tlaloc, os Tlaloques. Diziam que era o inventor das redes de pesca e também de um instrumento para matar peixes, minacachalli.

Quando lhe faziam festa os pescadores e gente da água lhe ofereciam de comer e vinho (pulque) que eles mesmos utilizavam, assim como milho e incenso.

Ipupiara


Também chamado de homem-marinho, é uma espécie de monstro marinho que faz parte da mitologia dos povos tupis que habitavam o litoral do Brasil no século XVI. Segundo a crença popular, ele atacava as pessoas e comia partes de seus corpos. Segundo relatos do Brasil Colônia, um Ipupiara teria sido encontrado e morto na capitania de São Vicente, no ano de 1564. O historiador e cronista português Pero de Magalhães Gandavo teria descrito a criatura como tendo "quinze palmos de comprido e semeado de cabelos pelo corpo, e no focinho tinha umas sedas mui grandes como bigodes. Os índios da terra lhe chamam em sua língua Hipupiara, que quer dizer demônio d'água".

Outro monstro marinho é o Mbaeapina (traduzido do tupi antigo, "coisa tosquiada": mba'e, coisa, bicho + apina, tosqueado).

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